sexta-feira, 6 de julho de 2012

" Inevitavelmente"



A decisão de cortar os subsídios de Natal e de Férias foi, antes de tudo, um absurdo económico. Associada ao aumento do IVA, é um enorme contributo para o agravar da crise, das falências de Pequenas e Médias Empresas (sobretudo no comércio) e o consequente aumento do desemprego.

A decisão do Tribunal Constitucional não só legitima a ilegalidade dos cortes nos subsídios como abre escancaradamente a porta aos cortes dos subsídios no privado.

Para quem, no sector privado, achava que "os malandros dos funcionários públicos" tinham o que mereciam, aqui vem o que muitos tinham dito que inevitavelmente viria:
 A desgraça para todos. 

bairrodaponte@hotmail.com

15 comentários:

Sempre Atento disse...

Era inevitável, o Tribunal Constitucional acabou de abrir a Porta de Pandora, agora existe justificação para sacar o 13 e 14 mês do sector privado, estava difícil tomar esta decisão embora ele fosse a única maneira de cumprir as metas do défice para 2012.

Para quem ficou feliz com os cortes efectuados aos Funcionários Públicos aqui tem a resposta para o seu contentamento. A inveja paga-se... Quando tomei conhecimento destes cortes sempre julguei que iriam ter a oposição de todos... puro engano.

Neste pais vigora a regra: Se tu estás melhor do que eu a solução, não é eu ficar como tu, mas sim tu ficares como eu...

Nunca devemos nivelar por baixo... sempre por cima...

Vou estar do lado daqueles que vão, também agora, ficar sem estes subsídios, vou ser solidário com a sua perda e revelar-me contra ela... embora, no fundo diga: Bem feito... assim talvez aprendam que ninguém fica bem com as perdas dos outros.

Anónimo disse...

Palavras feitas! É sempre possível achar uma regra que dê sacrifício ou alívio para todos com maior igualdade. Confesso que me chocou a atitude do governo, o princípio de filhos e enteados, então o caso dos pensionistas era uma aberração. Espero que este governo não vá agora inventar mais alguma maldade! Já não há paciência para tanta confusão.

Revolucionário disse...

Isto nunca esteve tão bom para a grande revolução popular! A exaustão do povo, o desemprego, o PS com um lider fraco etc etc etc

Amaral disse...

Mas ó Sempre Atento;

Não é verdade que eu esteja no mesmo barco que um funcionário público, passo a explicar:
-Eu tenho SNS. O funcionário público tem ADSE;
-Eu trabalho 40h por semana. O funcionário público trabalha 35h;
-Eu posso ser despedido se a empresa não conseguir pagar. O funcionário público não, aumenta-se os impostos e já está.
-Eu não sou aumentado desde 2007. Alías em 2008 e 2009 sofri cortes no meu salário variável na ordem dos 20%. Os funcionários públicos não.
- Eu tenho 22 dias ferias por ano. Os funcionários publicos dependendo dos anos de casa e da instituição podem ter bastantes mais ( o meu pai tem 30 dias).
- Eu tenho de convencer as pessoas a comprar os meus produtos e serviços liveremente. Os funcionários públicos não.

E nunca fiquei com os cortes efectuados aos funcionários públicos.

Sempre Atento disse...

Caro Amaral

- Quanto à ADSE, por algum motivo cada vez é maior o numero crescente de funcionários publicos recorrem ao SNS em vez da ADSE. Se for ao centro de saude pago a taxa moderadora, se for a um médico particular pago cerca de 60€ e sou reembolsado em 15€, pago 45€; Se realizar uma cirurgia no SNS pago a Taxa moderadora se efectuar a mesma num serviço convencionado com a ADSE pago pelo menos 30% do valor total da cirurgia, Unica vantagem poder ter o serviço de saúde mais rápido, mas para tal preciso dinheiro....
- Os funcionários publicos podem ser despedidos - lei da mobilidade, voluntária e forçada;
- Funcionário publico não tem direito a fundo de semprego;
- Funcionário publico tem regime de exclusividade, outros trabalhadores não, isto significa que dentro da minha profissão não posso exercer fora da função publica;
- Funcionário publico sofre cortes desde a a Ferreira Leite e não tem progressões na carreira de especie alguma, o Sócartes aumentou-nos mas logo de seguida perdemos os subsidios - foi maior a perda do que o ganho;
- O privado foge aos impostos de diversas formas (comissões) e assim poder usufruir de outras prestações sociais, em função de um salário mais baixo irreal, o Funcionário Público não;
- Em média as habilitações académicas dos funcionários são maiores, mas em média ganham menos, que os seus pares no privado;
- Privado pode recusar clientes, o estado tem que aceitar todos os clientes;

Quando ouço este tipo de comparações parece-me que se pretende que o estado não tenha Funcionários Publicos e que eles são o mal de todos os males - é legitima esta escolha - mas ao fazê-la estamos a dizer que não queremos que o estado nos dê, médicos, policias, forças armadas, tribunais, professores, segurança social - querem um pais sem estes serviços do estado?


Muito se fala e pouco se conhece das realidades que, em especiais momentos, nos pretendem vender e que é importante vender. Como em tudo existem especificidades, com ganhos e perdas, estas são as nossas escolhas...

Mais importante do que dizer como tu tens mais do que eu tu deves ficar como eu, é todos querermos aquilo a que temos direito, dignidade, emprego, segurança, reforma, saúde...

A uns e outros deve ser exigida competência, empenho nas suas funções, equidade no tratamento...
Fique bem e não se esqueça que os nossos desejos são os mesmos.

Amaral disse...

Aquilo que eu acho é que nenhum trabalhador deveria ser afectado nos seus direitos.

Nem os Funcionários Públicos nem os Trabalhadores do Sector Privado deverão ser chamados a sofrer sacrifícios, enquanto outros sectores como os da Finança ou os rendimentos especulativos bolsistas ou imobiliários, ou ainda os que têm grandes rendimentos e Fortuna.

Há quem ande a brincar com o fogo em Portugal, e o tom com que o FMI , a Comissão Europeia e o Passos Coelho comentaram a decisão do TC, não augura nada de bom infelizmente, tanto para os trabalhadores do publico como do privado.

Com Conteúdo disse...

Sobre tudo o que acima é referido, só me apetece dizer:

VOLTA SÓCRATES

Anónimo disse...

Ultima hora saiu a penhora da ACRE preparen se os socios e mais os responsáveis para pagar as dividas .Já está em curso uma averiguação da comissºao tributária para llhes cair em cima.Os funcionarios publicos que fazem parte adireçáo que se prepare para ficar sem o subsidio de férias.Foara as multas da policia...

Ilibado disse...

Se forem do partido do passos coelho, estão todos perdoados.
Nem ficam sem o subsidio de férias nem pagam multas à policia. O presidente da junta e seus acólitos já estão a tratar do caso.

Amaral disse...

O corte de salários e pensões é inconstitucional, não apenas pela discriminação que envolve, mas sobretudo porque a Constituição não admite o confisco. Aos funcionários e pensionistas foram confiscados créditos sobre o Estado, com a agravante de tal ter sido feito por não fazerem parte da base eleitoral do governo. Não houve lei mais injusta na história da democracia portuguesa.
Mas, na jurisprudência vaga que habitualmente pratica, que lhe permite defender tudo e o seu contrário, o Tribunal Constitucional, depois de ter inicialmente legitimado esses cortes, veio agora a proibi-los, com a originalidade de o fazer apenas para o ano. Temos assim que, perante uma lei inconstitucional, o Tribunal Constitucional prefere deixá- -la em vigor um ano e suspender antes a Constituição. Que centenas de milhares de cidadãos sejam privados inconstitucionalmente dos seus direitos em 2012 é algo que pelos vistos não interessa ao Tribunal Constitucional.
Mas é capaz de interessar aos verdadeiros tribunais deste país. O art. 15º da Lei 67/2007 responsabiliza o Estado, obrigando-o a indemnizar os lesados em caso de aprovação de leis contrárias à Constituição. Com esta declaração de inconstitucionalidade, ficou assim constituído o Estado em responsabilidade civil. Esperemos que os nossos tribunais tirem daí as devidas consequências e sejam eles a proteger a Constituição.

Anónimo disse...

E a roullote para a lameira sempre vem?uns cachorros e umas tostas mistas vinham mesmo a calhar.

Ex dono do rio disse...

Mais uma vez começa o fado mais uma descarga de porcaria para o RIO BALSEMÃO.Com tanta gente hoje no rio parece que fazem de proposito a piscina está cara e estão a perder clientes mais de cem pessoas indignadas vamos fazer alguma coisa dinamizar o bairro da PONTE. agradeço ao admistrador do blog que se desloque aorio e publique uma fotos para ver pessoalmente a merda que è.

Anónimo disse...

Pegando nos dois comentários anteriores, pode-se retirar duas orientações.
Primeira é que são não compatíveis, ou seja a vinda da roullote só se justificará depois de acabarem as descargas no rio. Aqui, nesta questão seria bem vinda a colaboração de todos os residentes, ou seja passarem a ser vigilantes a tempo inteiro, até encontrar o/os poluidor/poluidores, uma vez encontrados, com provas claras, entregá-los/denunciá-los às autoridades competentes para providenciarem um castigo. Se todos colaborarem. Não será difícil encontrá-los. Portanto no meu entender, nesta faz, é preciso extinguir as descargas.

Olho Vivo disse...

Vigilantes a tempo Inteiro, não é um papel que cabe às autoridades???

Ou será que não há grande interesse em descobrir quem são os criminosos???

Anónimo disse...

Agora que dizes isso ó Olho Vivo…., até parece que também tu não queres descobrir os criminosos? O teu devaneio insinua que sabes alguma coisa? Se vens a este blogue por bem, diz o que sabes?

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