domingo, 5 de abril de 2009

" O Companheiro"


Do muito que caracteriza o Bairro da Ponte, o Rio Balsemão é o elemento mais presente na vivência e memória de todos nós.
Ele foi o companheiro das férias grandes, o despertar da infância e das memórias inesquecíveis da adolescência.

O calor, fruto das chamadas alterações climáticas, cedo se sente e com ele a vontade de mergulhar novamente nas suas águas.

Ano após ano , o Balsemão apresenta-se mais e mais poluído.

Se nada se fizer, a sua morte anunciada será notícia a quem ninguém surpreenderá, e com ela o Bairro da Ponte traçará, de forma definitiva, o seu destino.

bairrodaponte@hotmail.com

19 comentários:

diogo disse...

È trisre e custa muito ó companheiro,mas é uma realidade o meu rio vai secar, não quer dizer que ele nunca secou ,mas não deixar que as aguas naturais do Rio Balsemâo,o caudal siga o seu curso natural devido a barragem de pretarouca é diferente.Sem palavras...

Afonso disse...

Em nome do progresso e do bem-estar da cidade de Lamego sacrifica-se o já muito sacrificado Rio Balsemão Será um espectáculo triste e desolador em nome do progresso.

Murilovsky disse...

O progresso e bem estar das populações não tem que ser conseguido à custa de optar isto por aquilo, o desenvolvimento só o é, verdadeiramente, quando é realizado de forma sustentável. isto significa que a concialização de diversos interesses seja uma realidade.
A criação de infraestruturas, como o é a barragem de Pretarouca, são necessárias e indispensáveis para o melhoramento da qualidade de vida das populações, deixará de o ser quando com elas se "matar" a biodiversidade que com elas convive. Quero com isto dizer que se a criação da Barragem de Pretarouca tiver como consequência imediata a morte (por falta de caudal) do Rio Balsemão, o que e vai ganhar é zero ou pior ainda -1.

Infelizmente, e com pena minha, e de todos aqueles que como eu vêm o Rio como uma parte de si, irá ser isto que irá acontecer. Vá-se lá saber porque, mas o desenvolvimento, neste pais, resume-se, quase sempre, a um conjunto de perdas e ganhos, em que o que parece um ganho rápidamente se torna numa perda. É isto que explica a desorganização territorial, a perda constante de riqueza natural, a perda constante da riqueza patrimonial e assim sucessivamente.
É por isso que milhão após milhão continuamos sempre na casa da partida, chegando, muitas vezes, a ter que partir das "boxes".

Fiquem bem

Apoleio disse...

Para alguns até é bom que o rio desapareça.
O Chico Lopes e o Almeida, mandam fazer um rio novo

Ferreira disse...

Parabens!

Se alguma vez vi um bom título, este é que melhor ilustra a minha vivencia com o rio Balsemão.

Ele sempre foi o meu companheiro de vida e daqueles que não poderia passar sem ele, cheguei a viver em função dele e dos momentos em que dele poderia desfrutar.

Do meu tempo de menino lembro-me de esperar ansiosamente a hora de ir para o rio, das primeiras braçadas e do sonho de um dia saltar da ponte. Só a covardia de então, e o passar dos anos depois, me inibiu de concretizar tamanho feito.

O que mais me entristece é que não me é possível deixar tamanho herdo para os meus descendentes.

O Balsemão está amortecido,
mas não morrerá…só morrem aqueles que são esquecidos!

Até sempre companheiro.

Ass: Ferreira

A Sereia do Balsemão disse...

Não vamos deixar que isso aconteça.Se fosse uma aranha ou uma tartaruga em extinção,vinham logo os gajos,(verdes e B E)mas como é um rio e ainda para o pogresso de Lamego,nimguem faz nada.Meu caro Afonso,não o conheço mas de certeza,que o senhor é a favor das piscinas cobertas cheias de cloro e escarros e mijadelas isso sim é inovação.Todos dizem uma coisa e defendem outra.Cuidado com o aquecimento global mas que se lixe é mais um riacho que desaparece e ainda por cima parece que os bairristas não se importam com isso é agua se fosse vinho era pior.Ainda aqui há dias um vulcão no chile,fez desaparecer um mas isso por causas naturais,agora o Homem destruir,matar o Rio balsemão e tudo ´por causa de uma barragem,Pode se fazer o pogresso sem influênciar a Natureza...Epor fim para onde é que eu vou mais as minhas filhas,Carolina e Rita no Verão?

Anónimo disse...

A Sereia de Balsemão.
Gostei dessa: "Se fosse vinho era pior".

Rua da Olaria disse...

Andais agora preocupados com aquilo que durante muitos anos fostes vós que estragaram e menosprezaram, o RIO BALSEMÃO.
Chegava o verão e tinha vergonha e nojo quando passava na Ponte sobre o rio Balsemão na Rua da Ponte, tal era a imundice .Vale mais o rio seco e limpo que aquela montra de falta de civismo e asseio.

Anónimo disse...

O problema é que vais ter o rio sujo e seco.

Apoleio disse...

Então que não se queixem os da Ponte

Rua da Olaria disse...

Essa é a verdadeira questão.
Quem polui mais o rio?
Até chegar á rua da ponte ele vai razoavelmente limpo, só depois é que se vê a lixeira a céu aberto.
O problema do rio Balsemão sempre foram os moradores do bairro da Ponte e a sua falta de respeito pelos outros e pelo ambiente.
Agora queixam-se de que? Já não vão ter onde despejar o lixo, é isso?

Sempre Atento disse...

Meus caros tenham calma.

O que alguns dizem é verdade em determinado tempo. Tenho que reconhecer que ainda hoje, e dado que a Ponte tem uma população muito envelhecida, que determinados hábitos ainda se mantêm. mas dai a dizerem que a poluição do rio é apeas da sua responsabilidade vai uma grande distância.
Os meusamigos esquecem-se que o rio foi o depósito de esgoto de toda a cidade arredores, isto para que os senhores pudessem ter as respectivas "cag..." com todas as mordomias inerentes. Nessa altura nunca se preocuparam em saber onde a dita desaguava depois de puxado o autoclismos, o que interessava é que a mesma ali não permanecesse. Se caalhar tinha sido util tapar as respectivas codut para ver a solução ecológca que os senhores dariam aos respectivos.
Por aqui puderão ver que a responsabilidade é colectiva.

Por outro, esquecem-se que a ponte, tal como outras zonas mais antigas da cidade, não tinham saneamento básico... nada mai será preciso dizer.

Mas o que lá vai lá vai, a poluição de que hoje se fala e não se entende, é daquela que é provocada por pocilgas e oficinas que fazem com que todo o seu excedente se canalize de forma directa para o Rio sem qualquer tratamento prévio.
É aceitável que na Ponte Nova esteja constantemente um cano a debitar óleos e afins sobre o rio?
É aceitável que este cano se mantenha após as obras de requalificação da estrada?
É aceitável que após queixas sucessivas do verificado as autoridades nada façam?
É aceitável que estes residuos não sejam tratados préviamente conforme legislação em vigor?
Este são os verdadeiros problemas, como o é a forma inresponsável como utilizamos a água potável.

Anónimo disse...

E o Sr. da Rua da Olaria não tem nada a ver dom isto,pois estava habituado a levar com a porcaria dos moradores do Castelo.e ainda há pouco tempo foi feito nessa rua umas latrinas municipais,uma vergonha e não disse nada,envergonhate.

Murilovsky disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Murilovsky disse...

Os rios, em qualquer lugar são uma mais valia, em Lamego nunca foram tidos como tal, sempre nos comportamos de forma negligente em relação a eles.
Por este facto, temos dois rios (um deles muito esquecido o Coura e que passa por debaixo dos nossos pés) muito mal tratados.
Seria de toda a importância mobilizar-mos-nos no sentido de, rápidamente, os devolver à cidade.

João Claudio Sousa disse...

Muito bem dito.
Em Lamego nunca houve, nem há, qualquer política ambiental, tanto da parte das entidades públicas quer da população em geral.
Despreza-se o ambiente e hipoteca-se o futuro dos nossos filhos e netos.
É uma pena numa cidade com tantas potencialidades naturais e virada para o turismo.

Anónimo disse...

Em Lamego só há merendeiros.

Anónimo disse...

E na Ponte ainda há mais.

miscaro disse...

ainda tenho esperança que um bom inverno, "como os de alguns anos atrás",fáça uma limpeza geral a todos os obstaculos que estao a por á passagem das águas!!

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